Ouça este artigo
Você vai ler sobre a Wood Group após a divulgação atrasada de resultados financeiros que expuseram prejuízos e alta dívida, e sobre a oferta de aquisição pela Sidara que depende de uma votação dos acionistas; o novo diretor financeiro, que deve assumir como CEO, promete fortalecer a carteira de pedidos e garantir financiamento para a recuperação. O artigo explica o impacto desses números no mercado e o que isso pode significar para o seu investimento.
- Resultados atrasados mostram perdas e queda de lucro e receita
- Perda grande em projeto de defesa aumentou prejuízos e dívida
- Proposta de compra pela Sidara prevê injeção de capital e acesso a garantias
- Livro de encomendas cresceu com contratos de grandes clientes globais
- Empresa pretende voltar à bolsa de Londres e terá mudança de liderança
Resultados do Wood Group expõem perdas antes de votação sobre compra
Você deve saber que a Wood Group, empresa britânica de engenharia para o setor de energia, divulgou em 31 de outubro seus resultados de 2024 e do primeiro semestre de 2025, liberados após uma auditoria independente. Esses números chegam no momento em que seus acionistas votam, em 17 de novembro, sobre a compra proposta pela Sidara, dos Emirados. Reportagem em inglês com mais detalhes: https://www.enr.com/articles/61841-wood-group-red-ink-revealed-before-nov-17-buyout-deal-vote
Principais dados financeiros
- Lucro operacional ajustado (1S 2025): $63 milhões, queda de 38% em relação aos $81 milhões do mesmo período de 2024.
- Receita (1S 2025): $2,4 bilhões, recuo de 13% frente a $2,8 bilhões no ano anterior.
- Itens excecionais: $53 milhões reportados separadamente no período.
- Resultado anual 2024: lucros ajustados caíram 52%; a companhia registrou uma perda operacional de $2,6 bilhões, afetada por um prejuízo estimado de $489 milhões em um projeto de defesa dos EUA na Polônia.
- Dívida líquida: subiu para $1,1 bilhão, ante $683 milhões no final do ano anterior.
Contexto: auditoria e motivos da divulgação
A liberação dos resultados só ocorreu depois de uma auditoria independente sobre contabilidade e governança. Esses relatórios eram condição para a conclusão da transação proposta com a Sidara e explicam o atraso na divulgação. Mais detalhes da cobertura internacional podem ser vistos em https://www.enr.com/articles/61841-wood-group-red-ink-revealed-before-nov-17-buyout-deal-vote
A proposta de compra pela Sidara
- Aquisição sugerida com valor de $285 milhões.
- Cronograma aponta conclusão prevista até meados de 2026.
- Operação inclui injeção de capital de $250 milhões por parte da Sidara e acesso a instrumentos de garantia (bonding) de $200 milhões, elementos que exigem atenção à forma como serão estruturadas as cláusulas de garantia e mecanismos de escrow.
- Finalização depende do voto dos acionistas, marcado para 17 de novembro.
Carteira de pedidos e liderança
- A direção interina informa que a carteira de pedidos cresceu 6% ano a ano, alcançando $6,47 bilhões em 30 de junho.
- A empresa afirmou ter recebido contratos de clientes globais como BP, Shell, TotalEnergies, Woodside (projeto Triton), OMV Petrom e Antofagasta. A proteção desses projetos contra interrupções e incertezas será crítica para a execução desses contratos (como proteger projetos de infraestrutura).
- O executivo interino Iain Torrens foi indicado como novo CEO, condicionado à aprovação da compra. Ele apresentou a carteira de contratos como base para a expectativa de recuperação; a capacidade de inovar sob pressão e aumentar a resiliência operacional será determinante (inovar sob pressão e aumentar capacidade e resiliência).
Conclusão
Você encara aqui uma decisão com alto risco e potencial. Os resultados atrasados mostraram prejuízos expressivos e uma dívida em alta — isso pesa. A proposta da Sidara, com injeção de $250 milhões e acesso a bonding de $200 milhões, oferece um fôlego, mas depende do voto dos acionistas e da execução das garantias.
A nomeação de Iain Torrens como CEO, condicionada à conclusão da operação, é um elemento-chave. A carteira de pedidos — com contratos de BP, Shell, TotalEnergies e outros — dá uma base para recuperação. Ainda assim, os números históricos mostram que o caminho será difícil.
Se você investe ou acompanha, mantenha olhos abertos: monitore a votação de 17 de novembro e peça provas e prazos para a execução das garantias; avalie possibilidades de renegociação contratual e medidas de preservação de caixa antes de formar sua posição (técnicas de renegociação de contratos e estruturação de garantias e escrow). Não confie apenas na injeção de capital.
Para analisar a viabilidade financeira e projetar cenários de recuperação, considere métodos como o fluxo de caixa descontado e o payback ajustado por risco, além de priorizar a gestão do fluxo de caixa (fluxo de caixa é o novo rei).
Em resumo: há potencial de recuperação, mas também incerteza material. Avalie seu apetite por risco antes de decidir. Para mais detalhes técnicos, consulte a cobertura em inglês: https://www.enr.com/articles/61841-wood-group-red-ink-revealed-before-nov-17-buyout-deal-vote
Leitura relacionada e referência:
https://www.enr.com/articles/61841-wood-group-red-ink-revealed-before-nov-17-buyout-deal-vote
Leia mais artigos em https://dicasdereforma.com.br.

Adalberto Mendes, um nome que ressoa com a solidez do concreto e a precisão dos cálculos estruturais, personifica a união entre a teoria e a prática da engenharia. Professor dedicado e proprietário de uma bem-sucedida empresa de construção, sua trajetória é marcada por uma paixão que floresceu na infância, alimentada pelo sonho de erguer edifícios que moldassem o horizonte. Essa fascinação precoce o impulsionou a trilhar o caminho da engenharia, culminando em uma carreira onde a sala de aula e o canteiro de obras se complementam, refletindo seu compromisso tanto com a formação de novos profissionais quanto com a materialização de projetos ambiciosos.