Bechtel muda práticas de segurança em obra de gás no Texas para proteger você

Ouça este artigo


Neste artigo, você vai ver como a Bechtel revisou suas práticas de segurança após um acidente fatal em um megaprojeto de GNL no Texas, com base em levantamento interno e reportagens (veja também https://www.enr.com/articles/61585-bechtel-overhauls-safety-practices-after-texas-lng-project-deaths). A investigação interna apontou falhas em plataformas e no sistema de formwork, além de lacunas no treinamento e na cultura de segurança. A empresa anunciou novas regras antes de uma apuração externa. Leia para entender o que mudou e por que isso afeta a segurança no seu canteiro.

  • Bechtel revisou práticas de segurança após três mortes na obra do Texas
  • Relatório interno aponta falhas em forma e plataforma fora de nível
  • Equipe era recente e não teve treinamento completo no sistema usado
  • Novas regras incluem verificação reforçada de conexões e mais supervisão
  • Mudanças na cultura e disciplina para incentivar parar e corrigir riscos

Bechtel revisa segurança após queda que matou três trabalhadores em projeto de GNL no Texas

Você precisa saber que a Bechtel anunciou mudanças em seus procedimentos de segurança depois que uma investigação interna apontou falhas ligadas à queda que matou três trabalhadores em um canteiro de obras de GNL em Port Arthur, Texas (relato encontrado em https://www.enr.com/articles/61585-bechtel-overhauls-safety-practices-after-texas-lng-project-deaths). Detalhes adicionais sobre como a empresa identificou um erro na fixação como gatilho podem ser consultados no levantamento que destacou a causa da tragédia: relatório que aponta erro na fixação.

O que aconteceu (resumo)

  • Em 29 de abril, três trabalhadores caíram de uma plataforma ligada a um sistema de fôrmas que se movimenta por jumping durante a construção de um tanque.
  • Os mortos foram Felix Jose Lopez (42), Felipe Mendez (25) e Reginald Magee (41). Dois outros trabalhadores ficaram feridos e devem se recuperar.
  • A investigação interna, divulgada aos funcionários em 7 de outubro e publicada no site da empresa em 8 de outubro, apontou falhas em conexões de suporte, treinamento e supervisão.

Principais achados da investigação

Você deve prestar atenção aos pontos que a empresa destacou como causas e fatores contribuintes:

  • Uma conexão de suporte mal feita foi identificada como o gatilho que provocou o deslocamento e a inclinação da plataforma, conforme apurado no relatório sobre a fixação.
  • Os trabalhadores mortos tinham recebido treinamento básico de proteção contra quedas, mas não estavam presos a pontos de ancoragem aprovados no momento do acidente — um lembrete das tendências sobre quedas que ainda inspiram atenção nos canteiros: queda nos acidentes fatais na construção.
  • A equipe era majoritariamente de contratações recentes e não recebeu o treinamento específico em sala de aula para o sistema de fôrmas usado naquela noite.
  • A empresa reconheceu falhas na supervisão e na cultura de segurança, com oportunidades perdidas para intervenções de rotina e apoio entre colegas (buddy system), tema discutido em peças práticas sobre como um ajudante pode salvar colegas: o papel do ajudante na segurança.
Leia mais  Juiz Ordena que Corpo de Engenheiros Pague 28 Milhões de Dólares a Dakota do Norte por Custos de Protestos do Ole

Medidas que serão implementadas

A companhia detalhou alterações que serão aplicadas ao trabalho em altura e ao uso do sistema de fôrmas. Entre as ações anunciadas estão:

  • Tripla verificação das conexões de suporte antes de realizar o jumping das fôrmas.
  • Tratamento de plataformas temporárias com os mesmos controles aplicados a andaimes convencionais.
  • Implementação de treinamento específico para gestores de força de trabalho no canteiro e reforço da supervisão de segurança — ações que podem ser alinhadas com iniciativas como a Semana de Segurança na Construção.
  • Procedimentos claros de amarração (tie-offs) incorporados aos protocolos existentes.
  • Preferência por realizar trabalhos de alto risco em horário diurno, sempre que possível.
  • Mudança na política disciplinar: suspensão automática de punição se a infração de regra crítica for identificada e corrigida pela própria equipe; penalidades rígidas caso contrário.

Além das medidas tradicionais, a adoção de tecnologia pode fortalecer prevenção e fiscalização no canteiro: soluções de IA e integração entre plataformas já estão sendo implementadas por fornecedores do setor — por exemplo, iniciativas de IA aplicada a obras e ferramentas de localização para aumentar a segurança e eficiência no canteiro: inteligência de localização na obra. Também há experiências de players que lançam ferramentas de IA especificamente voltadas à segurança: ferramentas de IA para segurança — sempre lembrando que é importante exigir provas de que a IA protege a equipe antes de confiar plenamente.

Contexto legal e reação do mercado

  • A divulgação da investigação ocorre antes de potenciais conclusões de uma apuração externa pela OSHA e outras partes. A Bechtel ressalta que o relatório não atribui responsabilidade legal final e que conclusões podem mudar conforme novas evidências surgirem. Há ainda discussões sobre como subcontratadas podem ser afetadas por ações legais e pedidos de imunidade: implicações para subcontratadas.
  • Mudanças em lideranças regulatórias podem influenciar a forma como a fiscalização é conduzida; veja análise sobre novos nomes confirmados que atuam em agências como OSHA e EPA: novas lideranças regulatórias.
  • Inspeções e apurações também podem sofrer impacto por questões administrativas: episódios de paralisação federal já mostraram como inspeções da OSHA podem ser interrompidas e colocar a segurança em risco: paralisações que afetam inspeções.
  • Profissionais do direito ouvidos por reportagens valorizam a transparência e a adoção de medidas como a normalização do poder de parar o trabalho, que pode incentivar intervenções preventivas sem receio de retaliação.
  • Reportagens detalhadas sobre o caso e a resposta da empresa podem ser encontradas em fontes especializadas (por exemplo, https://www.enr.com/articles/61585-bechtel-overhauls-safety-practices-after-texas-lng-project-deaths), úteis para comparação com práticas do seu canteiro.
Leia mais  Cortes na OSHA podem não afetar segurança no trabalho, diz chefe do DOL

Linha do tempo básica

Data Evento
29 de abril Queda fatal durante operação de fôrmas no projeto de Port Arthur (Texas).
7 de outubro Relatório interno divulgado aos funcionários.
8 de outubro Resumo do relatório publicado no site da empresa.

Conclusão

A Bechtel revisou procedimentos após um acidente que expôs falhas graves na segurança do canteiro. O relatório interno destacou pontos claros: conexões de suporte mal feitas, falta de treinamento específico, e lacunas na supervisão e na cultura de segurança. Essas são lições que exigem ação imediata, não apenas palavras em relatório.

Se você atua em obra, isso muda o seu radar: implemente a tripla verificação das conexões, trate plataformas temporárias como andaimes convencionais, aplique treinamento direcionado e incentive o poder de parar o trabalho quando houver risco. Pequenos ajustes nos procedimentos e na disciplina podem salvar vidas. Não espere pela apuração externa para agir — seu canteiro não pode depender apenas de auditorias ou ações externas para mudar práticas: ações imediatas no canteiro.

Segurança é o seu farol. Uma falha na amarração pode virar naufrágio.

Deixe um comentário