Aumento Alarmante nas Fatalidades de Trabalhadores de Construção Hispânicos Gera Preocupações

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Um novo relatório do Center for Construction Research and Training levantou preocupações sérias sobre o aumento das fatalidades entre trabalhadores da construção hispânicos. De 2011 a 2022, o número de mortes mais que dobrou, refletindo desigualdades no treinamento e na segurança no trabalho. Este artigo destaca dados alarmantes e as vozes de especialistas que pedem mudanças urgentes para proteger esses trabalhadores essenciais.

  • Fatalidades entre trabalhadores hispânicos da construção dobraram de 2011 a 2022.
  • Barreiras de linguagem dificultam a segurança e o treinamento.
  • Trabalhos de instalação de drywall, telhados e pintura têm alta representação de trabalhadores hispânicos.
  • Muitos trabalhadores têm medo de relatar problemas de segurança.
  • A indústria precisa melhorar os treinamentos para proteger os trabalhadores.

Preocupações com o Aumento das Fatalidades entre Trabalhadores de Construção Hispânicos

Um Alerta Urgente

As fatalidades entre trabalhadores de construção hispânicos aumentaram drasticamente nos últimos anos. Um relatório recente do Centro de Pesquisa e Treinamento em Construção (CPWR) revela que, de 2011 a 2022, o número de mortes entre esses trabalhadores mais que dobrou, acendendo um sinal vermelho sobre as desigualdades na formação e segurança no local de trabalho.

Dados Alarmantes

O CPWR analisou dados da Pesquisa de Lesões Ocupacionais Fatais e da Pesquisa Atual da População IPUMS, identificando 408 fatalidades entre trabalhadores hispânicos em um relatório de dezembro de 2024 intitulado “Trabalhadores de Construção Hispânicos: Emprego, Propriedade de Negócios”. Este aumento de 107,1% é alarmante, especialmente quando comparado ao crescimento de 16,5% nas mortes entre trabalhadores de construção não hispânicos, que passaram de 583 para 679 no mesmo período. Além disso, entre 2021 e 2022, os trabalhadores de construção hispânicos representaram 34,5% das lesões não fatais que resultaram em dias fora do trabalho e 47,3% das lesões que exigiram transferência ou restrição de trabalho.

Desafios que Aumentam o Risco

O relatório aponta para barreiras linguísticas, a falta de materiais de treinamento disponíveis em espanhol ou em outras línguas nativas, e a escassez de recursos e treinamentos de segurança como fatores que aumentam o risco de lesões entre os trabalhadores hispânicos.

Greg Sizemore, vice-presidente da Associated Builders and Contractors, enfatiza a importância de um treinamento adequado antes da contratação e do aprendizado, afirmando que simplesmente colocar trabalhadores de construção no local de trabalho não é suficiente para garantir sua segurança.

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A Necessidade de Recursos Adequados

Sizemore menciona o Sistema de Gestão de Saúde e Segurança STEP da ABC, que incentiva os contratantes a implementar medidas de segurança adaptadas às necessidades individuais dos trabalhadores. O STEP vai além do comportamento de segurança observável, adotando uma abordagem mais holística para o bem-estar dos trabalhadores.

Crescimento da População Hispânica na Construção

Os dados do CPWR mostram que a porcentagem de trabalhadores de construção hispânicos aumentou de 16,5% em 2000 para 34% em 2023. Os setores de instalação de drywall (75,2%), telhados (63,9%) e pintura (62,5%) estão entre as áreas com maior representação de trabalhadores hispânicos. Essa crescente presença no setor destaca a urgência de medidas de segurança mais eficazes.

Uma Crise Silenciosa

Ligia Guallpa, diretora executiva do Worker’s Justice Project, que luta pelos direitos dos trabalhadores imigrantes e oferece treinamento de segurança, descreve a situação como uma tragédia e uma crise. Ela menciona que as fatalidades entre trabalhadores hispânicos expõem uma falha sistêmica em abordar as desigualdades profundas na segurança do local de trabalho.

Guallpa destaca que os trabalhadores hispânicos ocupam posições críticas no mercado de trabalho, mas enfrentam condições de trabalho perigosas e têm pouco acesso a treinamento ou proteções adequadas. A fraca aplicação das leis de segurança e o medo de represálias dificultam que os trabalhadores denunciem problemas de segurança.

Empoderamento dos Trabalhadores

Para Guallpa, a solução está em empoderar os trabalhadores imigrantes para lutarem por mudanças sistêmicas em fiscalização, regulamentação e padrões da indústria. Ela acredita que as falhas sistêmicas exigem um poder coletivo dos trabalhadores para responsabilizar as indústrias.

Conclusão

O aumento alarmante das fatalidades entre trabalhadores hispânicos da construção não pode ser ignorado. A necessidade urgente de mudanças nas práticas de treinamento e segurança é evidente. As barreiras linguísticas, a falta de recursos adequados e o medo de represálias são desafios que precisam ser enfrentados para garantir a segurança e o bem-estar desses trabalhadores essenciais. É um apelo não apenas para a indústria, mas para toda a sociedade, para que se unam em busca de soluções eficazes. O empoderamento dos trabalhadores é uma chave vital para essa transformação. Portanto, não fique apenas na superfície; aprofunde-se nessa questão e explore mais sobre como podemos juntos promover um ambiente de trabalho mais seguro e justo. Para mais informações e insights, convidamos você a visitar o site Dicas de Reforma.

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