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Você vai ler sobre a nova planta de dessalinização da ACWA Power em Sumgayit, perto de Baku — o primeiro projeto em grande escala no Azerbaijão. Trata‑se de uma parceria público‑privada avaliada em US$ 400 milhões, com capacidade prevista de cerca de 300.000 m³/dia para a região Baku–Absheron, visando reforçar a segurança hídrica diante dos riscos de variação do nível do Mar Cáspio. Decisões sobre financiamento, construção e fornecimento de energia serão anunciadas em etapas subsequentes.
- ACWA Power vai construir a primeira grande dessalinizadora do Mar Cáspio em Sumgayit
- Projeto como acordo público‑privado de alto valor e longa duração
- Planta atenderá a região metropolitana de Baku e o corredor costeiro de Absheron
- Resposta ao risco de queda dos níveis do Mar Cáspio causado pelas mudanças climáticas
- Definições sobre captação, descarga e fonte de energia serão determinantes antes da obra
ACWA Power vai construir a primeira grande dessalinizadora do Azerbaijão — o que você precisa saber
A ACWA Power assinou um acordo para erguer a primeira grande usina de dessalinização de água do mar no Azerbaijão. O projeto, em formato de concessão, ficará localizado em Sumgayit, na costa do Mar Cáspio, próximo a Baku, e pretende suprir demanda urbana e industrial na faixa costeira. O formato de concessão segue modelos vistos em outros grandes empreendimentos e levantamento de riscos contratuais discutidos em textos sobre parcerias público‑privadas de longo prazo.
Principais pontos
- Quem: ACWA Power (empresa saudita) em parceria com a autoridade estatal de águas do Azerbaijão
- Valor: US$ 400 milhões
- Capacidade prevista: ~300.000 m³/dia
- Prazo da concessão: 27,5 anos
- Local: Sumgayit Industrial Park (faixa costeira que serve Baku e a península de Absheron)
- Benefício esperado: suprir demanda para até 2 milhões de pessoas em níveis urbanos típicos de consumo (estimativa oficial)
Detalhes do acordo
O contrato no formato de concessão abrange projeto, construção, financiamento, operação e manutenção por 27,5 anos. Inicialmente, a ACWA Power detém a totalidade da empresa do projeto; a usina será transferida à agência estatal ao final da concessão. Informações sobre bancos financiadores, estrutura do financiamento e data de início da construção ainda não foram divulgadas e serão anunciadas após o fechamento financeiro — etapa que exige modelos de stress test e análise de liquidez detalhada, conforme práticas descritas em materiais sobre stress test de liquidez.
Dados principais do projeto
| Item | Informação |
|---|---|
| Empreiteira | ACWA Power |
| Custo estimado | US$ 400 milhões |
| Capacidade | ~300.000 m³/dia |
| Concessão | 27,5 anos |
| Local | Sumgayit (perto de Baku) |
| População atendida (estim.) | ~2 milhões |
Por que isso importa
Para residentes e indústrias de Baku–Absheron, a usina representa uma fonte estável de água potável e um reforço estratégico diante de riscos hídricos relacionados ao aquecimento e à maior evaporação do Mar Cáspio. A implementação, porém, precisa considerar a avaliação de impacto ambiental local — em particular a concepção de tomadas de água e de pontos de descarga — e os retornos associados a melhorias de sustentabilidade e governança, tema explorado em artigos sobre impacto ESG e retorno.
Próximos passos e desafios técnicos
- Fechamento financeiro do projeto — atrair investidores privados e estruturar garantias é crítica, especialmente porque investidores privados vêm se interessando por infraestrutura globalmente.
- Divulgação do(s) contratado(s) de engenharia e construção (EPC) — precedido por comparações com outros projetos internacionais de dessalinização, alguns dos quais enfrentaram adiamentos e reavaliações, como o recente episódio mencionado em uma grande obra no Texas.
- Definição de detalhes de captação e descarga de água, fornecimento de energia e eficiência energética — aspectos que influenciam diretamente no CAPEX e no OPEX, e que demandam planejamento financeiro e orçamentário detalhado, prática descrita em guias de planejamento de CAPEX e lifecycle budgeting.
- Emissão da ordem de início de obras após finalização dos arranjos financeiros e de engenharia
Os pontos técnicos mais sensíveis são a concepção das tomadas de água e dos efluentes, a fonte de energia e a intensidade energética do processo. A costa rasa do Cáspio nessa área exige soluções específicas de engenharia e eficiência. Além disso, normas e revisões regulatórias sobre efluentes e resíduos do setor energético podem influenciar as opções de descarga e tratamento, por isso é importante acompanhar atualizações como as previstas pela agência reguladora americana em revisões de regulamentos de águas residuais.
Para reduzir a pressão sobre a demanda potável e complementar o abastecimento, medidas de gestão de água — por exemplo sistemas de reaproveitamento e captação — são alternativas que podem ser integradas no planejamento regional, conforme guias práticos sobre captação de água da chuva e reaproveitamento de águas.
Conclusão
O projeto da ACWA Power em Sumgayit — concessão de 27,5 anos e investimento estimado em US$ 400 milhões com capacidade de ~300.000 m³/dia — é um passo estratégico para reforçar a segurança hídrica de Baku–Absheron. Resta resolver o fechamento financeiro, as decisões sobre captação e efluentes e a fonte de energia; esses fatores determinarão se a obra será realmente uma âncora de estabilidade ou ficará apenas no papel. Preparar empresas ambientais e operadoras locais para as exigências técnicas e regulatórias também será determinante, conforme orientações sobre como organizações do setor devem se adaptar às novas realidades em estratégias de adaptação empresarial.
Se acompanha infraestrutura e recursos hídricos, siga os próximos anúncios sobre financiamento, projetos de engenharia e início das obras. Quer continuar acompanhando temas como este? Leia mais em https://dicasdereforma.com.br.

Adalberto Mendes, um nome que ressoa com a solidez do concreto e a precisão dos cálculos estruturais, personifica a união entre a teoria e a prática da engenharia. Professor dedicado e proprietário de uma bem-sucedida empresa de construção, sua trajetória é marcada por uma paixão que floresceu na infância, alimentada pelo sonho de erguer edifícios que moldassem o horizonte. Essa fascinação precoce o impulsionou a trilhar o caminho da engenharia, culminando em uma carreira onde a sala de aula e o canteiro de obras se complementam, refletindo seu compromisso tanto com a formação de novos profissionais quanto com a materialização de projetos ambiciosos.
