Na obra, você pode ser o ajudante que salva colegas

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Você vai ler sobre um alerta novo para quem trabalha na construção. Dados do CPWR mostram um salto em ansiedade e depressão entre trabalhadores. O tema inclui o alto risco de suicídio, overdoses e as pressões do dia a dia no canteiro. A reportagem também trata de mudanças na cultura do trabalho, treinamentos e recursos práticos para ajudar você e seus colegas.

  • Aumento acentuado de ansiedade e depressão entre trabalhadores da construção
  • Indústria entre as que apresentam as maiores taxas de suicídio
  • Dor crônica, longas jornadas e pressão contribuem para o uso de opióides
  • Apoio entre colegas e mudança cultural são essenciais
  • CPWR e empresas oferecem treinamentos, guias e ferramentas de prevenção

Aviso ao leitor

Esta matéria trata de saúde mental e suicídio. Se você ou alguém que você conhece está com pensamentos suicidas, ligue para a linha de prevenção ao suicídio pelo número 988.

Principais descobertas

Novos dados apresentados pelo CPWR em webinar em 11 de setembro mostram um salto significativo nos sinais de ansiedade e depressão entre trabalhadores da construção. Relatos oficiais indicam que o setor permanece entre os que registram as maiores taxas de suicídio, segundo o CDC.

  • Em 2023, estima-se cerca de 5.000 mortes por suicídio entre trabalhadores da construção e quase 16.000 overdoses, segundo Amber Trueblood, diretora do centro de dados do CPWR.

Para mais contexto sobre a crise e iniciativas de prevenção, veja a matéria referenciada: https://www.constructiondive.com/news/mental-health-crisis-helper-suicide-prevention-week/760058/

Contexto e fatores de risco

Vários fatores se combinam e aumentam o risco para quem atua no canteiro:

  • Horas longas e tempo afastado da família
  • Dor crônica causada pelo trabalho físico
  • Pressão por produção e prazos
  • Uso de opióides prescritos que podem gerar dependência

Esses elementos frequentemente se cruzam e elevam riscos, segundo líderes do CPWR.

Mudança cultural como caminho

Especialistas ressaltam que a mudança cultural dentro das equipes é tão importante quanto monitorar dados. Muitos trabalhadores se sentem mais à vontade para ajudar um colega do que para pedir ajuda. Incentivar o apoio mútuo pode abrir portas para que alguém busque cuidado profissional. A transformação exige compromisso da gestão e integração da segurança nas decisões da empresa, um ponto tratado em discussões sobre por que a segurança passou a ser pauta da diretoria: mudança cultural e compromisso da diretoria.

Recursos e intervenções do CPWR

O CPWR tem promovido ferramentas práticas para reduzir riscos e oferecer suporte, entre elas:

  • Alertas para médicos sobre dor relacionada ao trabalho
  • Guias de manejo alternativo da dor para reduzir prescrições de opióides
  • Mental Health Resilience Training com 9 módulos baseados em discussão
  • Conversas em toolbox em inglês e espanhol
  • Diretrizes para linguagem de prevenção do suicídio
  • Infográficos prontos para download para trabalhadores e empregadores
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Essas ações ajudam a discutir dor ocupacional com profissionais de saúde e a solicitar opções de tratamento não opioides — uma intervenção preventiva antes do risco de dependência.

Para apoiar as conversas diárias e a abertura nos canteiros, muitos projetos recomendam scripts e práticas do Diálogo diário de segurança e scripts para toolbox. Materiais práticos e infográficos produzidos para campanhas de prevenção também têm sido difundidos em iniciativas como a Semana de Segurança na Construção — materiais e infográficos, que reúnem recursos para trabalhadores e empregadores.

Para métodos de capacitação que facilitam a implementação de treinamentos práticos, há exemplos de uso de novas tecnologias e formatos de ensino no setor, como abordado em experiências com uso de realidade virtual em treinamentos.

Ações de empresas

Empresas do setor também implementam programas. A Bechtel, por exemplo, lançou a iniciativa Hard Hat Courage em parceria com a American Foundation for Suicide Prevention. O projeto conta com investimento de $7 milhões, combina talks em toolbox com kits de resposta a crises e pretende alcançar 500.000 trabalhadores em cinco anos. Parcerias entre empresas e organizações sem fins lucrativos para treinar equipes em canteiros já têm exemplos práticos, como programas de capacitação conjuntos que visam preparar trabalhadores para situações específicas: parcerias empresariais para treinar trabalhadores.

O que você pode fazer

  • Converse com colegas e supervisores sobre bem-estar mental
  • Use materiais e scripts das toolbox para abrir diálogos seguros
  • Incentive consultas médicas que considerem alternativas aos opióides
  • Participe de treinamentos de resiliência mental disponibilizados pela empresa ou pelo CPWR — busque programas e certificações que reforcem competências de segurança e saúde: programas de treinamento e certificação

Conclusão

Ansiedade, depressão e risco de suicídio estão crescendo na construção — não é só estatística, é gente: colegas, amigos, membros da sua equipe. O canteiro pode ser um ambiente duro, com jornadas longas, dor crônica e pressão por produtividade. Mas há saída: mudança cultural, apoio entre trabalhadores, intervenções clínicas apropriadas e uso de recursos práticos reduzem riscos. Use os treinamentos, guias e conversas em toolbox; acione os programas empresariais quando existirem.

Se estiver em risco, não espere: ligue para 988, fale com alguém, procure um médico. Pedir ajuda não é fraqueza; é atitude profissional.

Leitura adicional e fonte da reportagem: https://www.constructiondive.com/news/mental-health-crisis-helper-suicide-prevention-week/760058/

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