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Você vai ler sobre um anúncio do Secretário de Transporte Sean Duffy no DOT que mexe com regras de financiamento. A Federal Transit Administration (FTA) propõe mudar a orientação de políticas do programa Capital Investment Grants (CIG), retirando o cálculo do custo social do carbono e propondo eliminar a metodologia baseada em quilometragem rodada por veículos (VMT). O governo pede comentários públicos — prazo até 18 de setembro — e essa decisão pode afetar projetos, metas climáticas e o modo como seu município concorre a recursos.
- FTA propõe remover o cálculo do custo social do carbono das orientações.
- FTA quer eliminar a metodologia baseada em VMT.
- Críticos alertam que tirar o VMT dificulta comparar projetos por impacto ambiental.
- A agência pede comentários públicos sobre avaliação de desenvolvimento urbano e uso do solo.
- Sean Duffy comentou as mudanças em evento do Departamento de Transporte.
Mudança no guia de transporte: o que isso significa para você
Debates sobre clima, dinheiro e transporte público impactam seu bairro, seu deslocamento e seus impostos. Esta proposta altera como grandes projetos — trens, ônibus rápidos, BRT, expansões de metrô — são avaliados e selecionados para financiamento federal. Projetos de grande porte, como contratações e obras de metrô, mostram como a definição de critérios pode mudar prioridades (grande contrato do MTA) e como grandes escavações são planejadas para começar (projeto Gateway).
Resumo rápido
- A FTA quer revisar como medir benefícios ambientais nos projetos do CIG.
- Propostas-chave: remover o custo social do carbono e abandonar o uso do VMT nas análises.
- O CIG financia projetos grandes de transporte público e recebeu reforço via lei de infraestrutura (valores garantidos a seguir).
- Prazo para comentários: 18 de setembro. Se você se importa com transporte ou clima, participe.
Onde e quando isso apareceu
Em 17 de julho de 2025, no DOT em Washington, o Secretário Sean Duffy informou sobre mudanças. A FTA publicou um pedido formal de contribuições de governos locais, empresas, ONGs e cidadãos — é um processo de revisão que ocorre periodicamente, mas agora altera critérios centrais ligados ao clima e ao planejamento urbano.
O que é o programa CIG e por que importa
- O CIG é a principal fonte federal para projetos grandes de transporte público.
- Projetos financiados podem transformar seu deslocamento diário: novas linhas, conexões e redução do tempo de viagem.
- A lei de infraestrutura garantiu bilhões ao programa, influenciando quem recebe verba e como os projetos são priorizados. Grupos do setor da construção já apresentaram posições sobre próximos passos de financiamento e entrega de obras (posicionamentos de construtoras), enquanto investimentos em terminais e concessões aeroportuárias mostram outro tipo de disputa por recursos (O’Hare — novo terminal D).
Conhecer os números ajuda a entender o alcance das oportunidades (veja tabela abaixo).
O que a FTA quer mudar — explicado
A FTA propõe simplificar a avaliação ambiental. Atualmente um dos métodos é o cálculo do impacto sobre a quilometragem rodada por veículos (VMT), usado para estimar:
- mudanças na qualidade do ar;
- redução das emissões de gases de efeito estufa;
- alteração de padrões de tráfego e uso do carro.
A agência diz que o uso do VMT desde 2013 trouxe complexidade e exigências de modelagem que nem todos os candidatos conseguem cumprir. Ao mesmo tempo, propõe eliminar a aplicação do custo social do carbono, que traduz emissões em valor econômico para comparação entre alternativas. Ferramentas e estudos que identificam fontes ocultas de carbono em projetos mostram como a contabilidade de emissões pode ser técnica e detalhada (análises sobre fontes ocultas de carbono).
Resumo: a proposta busca menos etapas burocráticas, mas altera como os impactos ambientais são comparados entre projetos.
Vantagens e riscos para sua comunidade
Vantagens:
- Avaliações mais simples podem acelerar decisões e o início de obras.
- Menos burocracia pode favorecer cidades menores sem capacidade técnica cara.
- Recursos podem chegar mais rápido para obras necessárias.
Riscos:
- Menor peso ambiental nas avaliações pode favorecer projetos que emitem mais.
- Difícil comparar efeitos climáticos entre propostas sem métricas padronizadas.
- Comunidades que dependem de análises detalhadas (qualidade do ar, justiça ambiental) podem perder garantias.
Olhe para seu bairro: a mudança pode acelerar obras úteis ou priorizar opções que não reduzem o uso do carro. Projetos locais de transformação de terminais e interchanges mostram como decisões de avaliação afetam resultados na prática (exemplo de intercâmbio transformado).
O que o cálculo do VMT fazia e por que preocupa
O VMT tentava capturar efeitos indiretos, como:
- deslocamento modal (motoristas que passam a usar transporte público);
- viagens induzidas pelo projeto;
- mudanças no uso do solo e na localização de empregos e habitação.
Defensores dizem que sem VMT fica difícil medir efeitos de longo prazo sobre sustentabilidade e emissões. O argumento contrário é que o método exige modelos e dados complexos que limitam a participação de candidatos menores. Entender como as leis urbanísticas moldam o desenvolvimento ajuda a ver por que mudanças no uso do solo são centrais para o cálculo de impactos (leis urbanísticas e uso do solo).
Se você representa governo local ou ONG, pode ser necessário apresentar outras evidências robustas para demonstrar benefícios climáticos.
Pedido de comentários públicos — como participar
A FTA abriu um período de comentários para receber contribuições de:
- agências de transporte;
- gestores de planejamento;
- governos estaduais e locais;
- empresas privadas;
- público em geral.
Prazo: 18 de setembro.
Passos práticos:
- Identifique a parte que mais lhe preocupa: clima, saúde, rapidez da obra, custos.
- Escreva uma nota clara (alguns parágrafos) informando:
- quem você é (morador, autoridade, ONG, empresa);
- por que o tema importa para sua comunidade;
- se apoia a remoção do VMT e/ou do custo social do carbono, com justificativa;
- exemplos locais que mostram como a mudança ajudaria ou prejudicaria.
- Envie pelo canal indicado no anúncio oficial da FTA (site da agência).
Dica: dados locais e relatos concretos pesam mais que comentários genéricos. Projetos locais que já envolveram audiências e transformações de infraestrutura podem servir como modelo de contribuição pública (caso prático de transformação local).
Três perguntas que a FTA quer responder
A FTA busca melhorar avaliação de desenvolvimento econômico e uso do solo. Perguntas essenciais:
- Como medir o crescimento populacional ligado a um projeto?
- Como avaliar desenvolvimento orientado ao transporte (TOD) que aumenta caminhabilidade?
- Como incorporar áreas com incentivos fiscais (p.ex. opportunity zones) nas análises?
Se você trabalha com planejamento, ofereça exemplos concretos. Recursos sobre políticas de construção e alternativas sustentáveis podem ajudar a propor métricas práticas (políticas de construção ecológica).
Números e orçamento
Ano Fiscal | Valor anual garantido (CIG) | Apropriações adiantadas (CIG) |
---|---|---|
2022–2026 | US$ 3 bilhões/ano | US$ 1,6 bilhão/ano |
2026 (pedido) | US$ 3,8 bilhões (do total disponível US$ 4,6 bilhões) | — |
A FTA solicita US$ 3,8 bilhões para CIG e o programa piloto Expedited Project Delivery em 2026 — há muito dinheiro, mas as regras vão determinar quem vence as disputas. Enquanto isso, decisões sobre grandes obras (incluindo aeroportos e concourses) continuam a mobilizar recursos públicos e privados (expansão do Concourse D em O’Hare).
O que administradores locais e projetos precisam preparar
Se você trabalha em prefeitura, agência de transporte ou empresa:
- Revise modelos: se usou VMT, prepare alternativas que mostrem redução de emissões e benefícios diretos.
- Colete evidências locais: medições de qualidade do ar, dados de uso do transporte público, estudos de impacto.
- Documente desenvolvimento econômico: empregos, habitação acessível, comércio local.
- Envolva a comunidade: cartas de apoio de moradores, empresários e líderes.
- Se apoiar a remoção do VMT, detalhe como vai medir impactos climáticos de outra forma.
Comece agora — prazos de subsídio aparecem rapidamente. Observe também o posicionamento e a cautela de empresas do setor, que podem afetar capacidade de entrega de projetos (cautela das construtoras).
Como isso pode influenciar metas climáticas locais
Cidades e estados definem metas de redução de emissões. Se a avaliação federal reduzir ênfase em emissões, projetos menos eficientes podem ser priorizados.
Consequências:
- Cidades com metas ambiciosas terão que justificar projetos por outros indicadores.
- Grupos ambientais devem pressionar por métricas alternativas robustas.
- Cidadãos podem apoiar projetos que reduzam uso do carro e ampliem transporte limpo.
O cenário energético mais amplo também influencia decisões locais: expansão de fontes renováveis e armazenamento muda o contexto das metas climáticas (novas capacidades solares e de baterias).
Participe do processo de comentários se quer proteger metas locais.
Possíveis cenários futuros
Cenário 1 — Mudança sem substituto robusto:
- Processos ficam mais rápidos;
- Impactos climáticos menos comparáveis;
- Projetos pró-carro podem ganhar vantagem.
Cenário 2 — Mudança com métricas simples e fortes:
- Avaliações rápidas e com indicadores climáticos claros;
- Cidades menores participam sem modelagem cara;
- Projetos que reduzem emissões mantêm prioridade.
Cenário 3 — Pressão pública altera a proposta:
- Elementos do VMT mantidos onde críticos;
- Mais transparência sobre medidas de longo prazo.
Pressões regulatórias e decisões locais podem alterar cenários; casos de rejeição regulatória mostram que nem toda proposta segue sem contestação (exemplo de rejeição regulatória).
Você pode influenciar o resultado enviando comentários e mobilizando a comunidade.
Perguntas rápidas que você pode usar no seu comentário
- A remoção do VMT tornará mais difícil comparar projetos por impacto climático?
- Como a FTA planeja medir emissões de forma simples e justa?
- Existe risco de dar vantagem a projetos que favorecem o carro?
- Quais indicadores alternativos vocês recomendam para avaliar TOD e desenvolvimento?
Use essas perguntas para pedir soluções práticas.
Papel do Secretário e contexto político
Líderes do DOT tentam equilibrar rapidez, custo e impacto ambiental. A proposta reflete prioridade por agilidade, mas gera preocupações sobre enfraquecimento de critérios climáticos e de justiça ambiental. A decisão afetará políticas locais e sua qualidade de ar.
Exemplo prático (caso fictício)
Uma cidade planeja linha de ônibus rápido ligando bairros ao centro. Com regras antigas, o projeto mostrava redução de quilômetros rodados por carro, queda de emissões e melhora da saúde do ar. Se o VMT deixar de ser considerado:
- a cidade terá que usar outros dados para provar benefícios;
- o processo pode atrasar enquanto adapta documentação;
- projetos que apenas reduzam tempo de viagem, sem cortar carros, podem ter vantagem.
Moradores perderiam uma peça importante para demonstrar benefício climático. Projetos de grande escala, como terminais e interchanges, ilustram a importância de métricas claras para assegurar benefícios locais (transformação de intercâmbio).
Como acompanhar os próximos passos
- Visite o site da FTA e procure a notificação oficial sobre o pedido de comentários.
- Anote o prazo: 18 de setembro.
- Participe de audiências públicas locais, se houver.
- Converse com vereadores, secretarias de transporte e ONGs.
- Estude relatórios sobre VMT, custo social do carbono e TOD.
Informação certa permite ação no momento certo. Considere também revisar exemplos de políticas e ferramentas que ajudam a medir impactos ambientais e de uso do solo (políticas de construção ecológica; análise de carbono oculto).
O que você pode fazer agora
Você tem poder. As regras propostas pela FTA podem acelerar ou frear projetos que mudam seu deslocamento e a qualidade do ar. Aja conforme suas prioridades:
- Escreva um comentário até 18 de setembro.
- Compartilhe este resumo com vizinhos e líderes comunitários.
- Peça às autoridades locais que submetam comentários com dados regionais.
Pequenas ações coletivas podem alterar a política.
Conclusão
A proposta da FTA de remover o cálculo do custo social do carbono e o VMT muda a balança entre rapidez e proteção ambiental. Pode acelerar obras — ou favorecer projetos menos eficientes em emissões. Não fique de braços cruzados: envie um comentário claro até 18 de setembro, com dados locais e relatos reais. Se prefere projetos ágeis, diga isso; se quer que o clima continue pesando, lute por métricas alternativas robustas.
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Adalberto Mendes, um nome que ressoa com a solidez do concreto e a precisão dos cálculos estruturais, personifica a união entre a teoria e a prática da engenharia. Professor dedicado e proprietário de uma bem-sucedida empresa de construção, sua trajetória é marcada por uma paixão que floresceu na infância, alimentada pelo sonho de erguer edifícios que moldassem o horizonte. Essa fascinação precoce o impulsionou a trilhar o caminho da engenharia, culminando em uma carreira onde a sala de aula e o canteiro de obras se complementam, refletindo seu compromisso tanto com a formação de novos profissionais quanto com a materialização de projetos ambiciosos.