Você acompanha avanço do gasoduto Nitzana que amplia as exportações de gás de Israel para o Egito

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Nitzana: gasoduto de US$ 610 milhões conecta Israel ao Egito — Chevron e parceiros avançam

Leia também a matéria original: https://www.enr.com/articles/61399-israel-chevron-and-partners-advance-610m-nitzana-pipeline-to-egypt

Resumo

  • O Ministério de Energia e Infraestrutura de Israel aprovou o gasoduto onshore Nitzana, ligando Ramat Hovav à fronteira com o Egito.
  • Investimento estimado: US$ 610 milhões. Capacidade adicional prevista: ~6 bcm/ano (≈600 MMscfd) e, na soma com outros corrediços, potencial para elevar as exportações a mais de 2,2 bilhões de pés³/dia.
  • Construção prevista para começar antes do fim de 2025; comissionamento estimado em 2028.

O projeto em poucas palavras

  • Tubulação de 36 polegadas, 67 km.
  • Nova estação de compressão em Ramat Hovav.
  • Construção e operação pela Israel Natural Gas Lines (INGL).

Principais participantes e responsabilidades

  • Chevron Mediterranean Ltd.: operador do campo Leviathan, com participação próxima a 40%; contratou EPC de US$ 285 milhões para a estação de compressão e considera possível sobrecusto na ordem de US$ 65 milhões.
  • NewMed Energy: cerca de 45% do Leviathan e participante dos registros regulatórios.
  • Outros parceiros do Leviathan (incluindo Ratio Oil) respondem por custos excedentes proporcionalmente.

Direitos de capacidade e termos contratuais

  • Parceiros do Leviathan têm direito firme a 1/3 da capacidade do gasoduto, com opção de aumento até 100% se espaço não for ocupado por outros campos.
  • Alocação diária aproximada para o Leviathan: 140.000 MMBtu (70% firme, 30% interruptível).
  • Prazo do contrato: 15 anos, com opção de prorrogação por 5 anos.
  • Pagamentos: 40% após cumprimento de condições precedentes; 60% ligados a marcos de construção.
  • Condição de rescisão: Chevron pode rescindir se as exportações para o Egito caírem 90% por motivos fora de seu controle, com possibilidade de retomada caso os fluxos retornem.
  • Início dos fluxos deve ocorrer em até 36 meses após cumprimento das condições precedentes.

Cronograma e impacto de capacidade

  • Início da construção: antes do fim de 2025.
  • Entrada em operação prevista: 2028.
  • Capacidade conjunta esperada (com demais infraestruturas egípcias): >2,2 bilhões de pés³/dia.
  • Contratos ligados ao Leviathan para exportação ao Egito somam cerca de US$ 35 bilhões até 2040.

Infraestrutura egípcia e outros projetos conectados

  • Energean pretende reservar capacidade para o campo Katlan (início previsto 2027), o que pode somar até 2 bcm/ano aos fluxos.
  • O Egito prepara um segundo FSRU em Ain Sokhna (750 MMscfd) previsto para a segunda metade de 2025, reforçando a capacidade de recepção/regaseificação.
  • Além de infraestrutura de regaseificação, a dinâmica regional também é influenciada por projetos de exportação de GNL em outras jurisdições; por exemplo, decisões regulatórias recentes sobre exportação de gás natural liquefeito têm impacto nos fluxos globais de comércio de gás (aprovação do Departamento de Energia dos EUA para exportação de GNL).

Riscos políticos e comerciais

  • O acordo é tratado pelas autoridades egípcias como extensão do pacto de 2019, buscando reduzir tensões internas.
  • Gás virou principal item do comércio bilateral (estudos apontam ~86% do comércio entre Israel e Egito).
  • Riscos: disputas sobre alocação de volumes, repartição de custos e sensibilidade das relações bilaterais, que podem limitar ou atrasar fluxos.
  • Analistas ressaltam que diferenças contratuais e possíveis sobrecustos são pontos críticos a serem monitorados.
  • Experiências em projetos de infraestrutura mostram que processos regulatórios e oposição local podem atrasar obras importantes, como visto em outros gasodutos e usinas, destacando a necessidade de gestão de stakeholders e processos de licenciamento eficazes (processos de permissão acelerados em outros oleodutos) e atenção a resistências comunitárias que já bloquearam projetos similares (oposição local a usinas de gás).

O que isso significa para mercados e investidores

  • A obra amplia oferta regional e pode pressionar preços no mercado de gás do Mediterrâneo Oriental e do Norte da África.
  • Para players comerciais, marcos contratuais e início da construção são sinais-chave de risco/valor.
  • Para formuladores de política, o projeto reforça a interdependência energética entre Israel e Egito, com implicações geopolíticas.
  • A gestão dos recursos hídricos e das infraestruturas associadas no Egito (como o impacto de grandes barragens) também compõe o cenário macroregional de segurança energética e recursos, afetando decisões de planejamento de longo prazo (impactos da represa de Aswan).

Conclusion
O gasoduto Nitzana é um marco estratégico que reúne Chevron, NewMed, INGL e outros parceiros para aumentar as exportações israelenses ao Egito. O projeto de US$ 610 milhões — 67 km de 36″ e estação de compressão — promete expandir significativamente fluxos regionais, mas depende de execução técnica, disciplina financeira e estabilidade política. Acompanhe os marcos de construção e as decisões contratuais para avaliar se o Nitzana se tornará uma ligação robusta ou ficará sujeito a atrasos e contingências.

Leitura complementar: https://www.enr.com/articles/61399-israel-chevron-and-partners-advance-610m-nitzana-pipeline-to-egypt

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