Listen to this article
Você vai ler sobre a Fluor e um trimestre difícil. Uma decisão na Austrália resultou em um grande ajuste que virou perda no resultado. Mesmo assim, a empresa segue otimista, apostando em projetos de energia e em trabalho reembolsável para buscar recovery. O texto também mostra obras quase prontas e novas opportunities que podem mudar o cenário.
- Perda grande por cobrança judicial em projeto de GNL na Austrália
- Ainda otimista e focada em crescer com projetos de energia
- Mudança para megaprojetos reembolsáveis para reduzir risco
- Receitas e carteira encolheram, mas novas contratações melhoraram
- Projetos legados com prejuízo estão quase prontos e buscam ressarcimento
Fluor registra prejuízo no 3º trimestre após carga de $653 milhões; empresa segue focada em energia
Você precisa saber: a Fluor reportou um prejuízo de $697 milhões no terceiro trimestre de 2025, impulsionado por uma obrigação judicial na Austrália que forçou uma provisão de $653 milhões relacionada a um projeto de GNL já concluído. A receita do trimestre caiu para $3,4 bilhões (‑18% ano a ano). Mesmo assim, a companhia mantém um plano de crescimento em projetos reembolsáveis e no setor de energia, alinhando-se a movimentos de mercado como o reforço de infraestrutura energética em larga escala (reforço de rede de energia e investimentos estratégicos). Para contexto e cobertura adicional, veja também a matéria em https://www.constructiondive.com/news/fluor-q3-loss-bullish-power-construction/805068/.
Detalhes financeiros
| Métrica | Value |
|---|---|
| Prejuízo líquido (3T/2025) | $697 milhões |
| Provisão relacionada ao projeto australiano | $653 milhões |
| Receita (3T/2025) | $3,4 bilhões (‑18% a.a.) |
| Backlog | $28,2 bilhões (queda de 10% vs 1 ano atrás) |
| Novos contratos no trimestre | $3,3 bilhões (alta de 21% a.a.) |
Motivo da perda e ações da empresa
- A perda do segmento Energy Solutions foi de $533 milhões, em grande parte por causa da decisão judicial na Austrália sobre um projeto de GNL para a Santos. A Fluor informou que vai recorrer.
- Como ponto positivo, a Fluor concluiu o Train 2 do projeto LNG Canada e entregou todos os sistemas.
- A empresa continua buscando ressarcimentos e ajustes contratuais em projetos antigos, mas esses processos podem levar tempo até se materializarem. Situações de queda na carteira e cancelamentos recentes ajudam a explicar a dinâmica do trimestre (queda na carteira de pedidos e cancelamentos).
(Leitura complementar e análise detalhada também podem ser encontradas em https://www.constructiondive.com/news/fluor-q3-loss-bullish-power-construction/805068/.)
Estratégia e perspectivas
- A liderança afirma que a empresa está migrando para um portfólio mais concentrado em grandes projetos reembolsáveis e com disciplina de execução, estratégia que se conecta ao interesse crescente de capital privado e grandes players em projetos de infraestrutura (megaprojetos reembolsáveis e interesse de investidores privados).
- A Fluor projeta cerca de $90 bilhões em novos contratos ao longo do seu ciclo de planejamento de quatro anos, com a maior parte das adjudicações prevista entre 2026 e 2028.
- Executivos alertaram que decisões de investimento dos clientes e incerteza em política comercial reduziram os prêmios de novos contratos em 2025. Mudanças regulatórias e de política em Washington podem resfriar incentivos e prêmios para projetos de energia limpa (impacto de mudanças de política em Washington). Um eventual fechamento parcial do governo dos EUA pode frear contratos federais no curto prazo.
- A companhia está acelerando sua atuação no setor de energy, buscando oportunidades onde já tem presença operacional, tanto nos EUA quanto no exterior.
Desempenho por segmentos
- Urban Solutions: lucro de $61 milhões, impulsionado por ramp-up em projetos de ciências da vida e mineração, e novas reservas em projeto de cobre no Canadá e instalação farmacêutica nos EUA.
- Energy Solutions: prejuízo de $533 milhões, impactado pela provisão australiana.
- Missions Solutions: lucro de $34 milhões e $1,3 bilhão em novos contratos, incluindo extensão de contrato do Departamento de Energia para Portsmouth, Ohio; atuação também em demandas da Força Aérea, comunidade de inteligência e Instituto Nacional do Câncer. A presença em contratos com o DOE reflete o movimento federal de priorização de projetos energéticos estratégicos, inclusive com atenção a tecnologias nucleares emergentes (priorização de projetos nucleares pelo DOE).
Projetos de infraestrutura legados e cronograma de conclusão
A Fluor informou que quatro grandes projetos deficitários estão próximos do fim. Prazos estimados:
- Gordie Howe Bridge — abertura ao tráfego até o final de 2025 ou início de 2026.
- LAX People Mover — conclusão prevista no início de 2026.
- I‑635 — finalização esperada no segundo trimestre de 2026.
- I‑35E fase 2 — entrega prevista no final de 2026.
A empresa ressalta que continua buscando reequilíbrios contratuais e ordens de mudança que podem afetar resultados futuros.
Conclusion
O trimestre foi marcado por um prejuízo relevante — decorrente de uma decisão na Austrália e de uma provisão de $653 milhões — mas a história não termina mal. Há dor no curto prazo e planos claros para recuperar terreno: foco em projetos de energia, migração para contratos reembolsáveis, novas contratações e obras quase prontas são sinais positivos. Riscos permanecem (decisões judiciais, prêmios menores e cronogramas contratuais), e a recuperação depende de sucessos em ressarcimentos, execução nos megaprojetos e da curva de adjudicações entre 2026–2028. A sensibilidade a financiamentos federais e retiradas de suporte pode influenciar o ritmo de recuperação e os reequilíbrios contratuais em projetos grandes (retirada de financiamentos federais que afetam grandes projetos).
Para uma análise adicional e cobertura internacional, confira também: https://www.constructiondive.com/news/fluor-q3-loss-bullish-power-construction/805068/.
Quer continuar por dentro? Leia mais artigos e análises em Renovation Tips.

Adalberto Mendes, a name that resonates with the solidity of concrete and the precision of structural calculations, personifies the union between engineering theory and practice. A dedicated teacher and owner of a successful construction company, his career is marked by a passion that blossomed in childhood, fueled by the dream of erecting buildings that would shape the horizon. This early fascination led him down the path of engineering, culminating in a career where the classroom and the construction site complement each other, reflecting his commitment both to training new professionals and to bringing ambitious projects to fruition.