Listen to this article
Você vai ler como líderes do setor, como Erik Haslem, CEO da BHI, explicam que tarifas, inflação, juros voláteis, mudança no sentimento do consumidor e tensões geopolíticas pressionam custos, afetam a mão de obra e colocam em risco a viabilidade de projetos. A matéria mostra como empresas respondem com inovação, ajustes na compra de materiais e investimento em equipes para manter prazos e qualidade. Para aprofundar, consulte também a reportagem da ENR: https://www.enr.com/articles/61320-enr-2025-top-400-review-firms-innovate-under-pressure.
Principais pontos
- Tarifas, inflação e tensões geopolíticas aumentam a incerteza de custos.
- Falta de mão de obra atrasa obras e prejudica a qualidade.
- Fornecedores podem não manter preços, transferindo risco aos donos de obra.
- Empresas investem em formação, retenção e supervisão no canteiro, ampliando iniciativas de bem-estar e EPI para reduzir rotatividade (soluções de EPI específicas).
- Firmas apostam em inovação, pré-fabricação e foco em saúde e educação, combinando tecnologia e processos modulares (robótica para canteiro, IA e integração digital).
Desafios que você precisa conhecer
As 400 maiores empresas de construção dos EUA registraram US$ 600 bilhões em receita no ano passado, um crescimento de 7,9% para as listadas. Mesmo assim, o setor enfrenta volatilidade em custos e suprimentos, com impacto direto na viabilidade de projetos e nos cronogramas — cenário analisado em relatórios que destacam a redução de gastos e o efeito das tarifas (análise de custos). Para quem acompanha ou gerencia obras, isso significa mais incerteza sobre orçamentos, prazos e disponibilidade de equipes.
Pressões principais sobre seus projetos
- Tarifas e mudanças na política comercial elevam o custo de materiais (impacto em empregos e contratos).
- Inflação e taxas de juros voláteis aumentam o custo do capital e dos insumos.
- Mudanças no comportamento do consumidor alteram prioridades de demanda.
- Tensões geopolíticas e interrupções na cadeia de suprimentos geram atrasos; alternativas logísticas podem manter obras em movimento (frotas e logística flexível).
- Escassez de mão de obra dificulta ampliar equipes e cumprir cronogramas (políticas de imigração como fator).
Como as tarifas têm afetado compras e orçamentos
Relatos do setor mostram impactos reais em compras internacionais. Um caso: uma empreiteira do Meio-Oeste identificou risco de US$ 15 milhões em tarifas sobre uma compra de US$ 30 milhões em fachadas importadas do Canadá. A alternativa foi buscar fornecedor nacional, com acréscimo limitado a US$ 3,9 milhões, reduzindo a exposição à variação de tarifas. Em outras situações, fornecedores deixaram de honrar preços firmados, transferindo pressão para os contratantes, que passaram a buscar reembolso junto a donos de obra. Ferramentas de análise de custo e renegociação contratual tornam-se essenciais para gerir esse risco (métodos de análise de custos).
Escassez de mão de obra: como isso afeta sua obra
A falta de trabalhadores qualificados reduz a capacidade de escalar equipes e compromete prazos e qualidade. Políticas de imigração e fiscalizações também pressionam o recrutamento. Respostas observadas:
- Investimento em desenvolvimento de mão de obra e programas de mentoria.
- Adoção de salários competitivos e iniciativas de retenção.
- Melhoria das condições no canteiro: áreas de descanso e medidas de bem-estar, além de EPI adequado para todos os perfis.
- Formação de líderes de campo e reforço da supervisão técnica. Essas ações podem reduzir rotatividade e aumentar a previsibilidade de entrega. Para entender melhor os efeitos das políticas sobre o contingente de trabalho, veja análises sobre repressão à imigração e risco de ausência de mão de obra (impactos na contratação).
Onde as empresas estão concentrando esforços
Muitas construtoras têm direcionado recursos a mercados onde já são fortes, como educação e saúde. Outras estratégias:
- Selecionar projetos por qualificação técnica, não apenas por preço.
- Envolver o empreiteiro nas fases iniciais de projeto e licenciamento para reduzir riscos.
- Inserir inovações de construção antecipadamente (pré-fabricação, processos modulares) para poupar tempo e custos — isso inclui adoção de BIM e plataformas digitais para coordenação (BIM aplicado a projetos), uso de IA para gestão e automação no canteiro (IA para reduzir riscos) e investimentos em robótica (robôs e automação).
Tabela: exemplos de respostas corporativas
Empresa | Desafio identificado | Resposta adotada |
---|---|---|
Barton Malow | Risco de tarifas em materiais importados | Alternativa doméstica com aumento de custo limitado (análise de custos e renegociação) |
Samet Corp. | Escassez de mão de obra qualificada | Programas de treinamento e bem-estar no canteiro |
Clayco | Falta de pessoal que afeta prazos | Investimento em equipes resilientes e planejamento ativo |
Bernards | Mudanças em política de imigração | Mentoria, diversidade e retenção de talentos |
Granite/Outras | Riscos de projeto e licenciamento | Envolvimento antecipado e seleção por qualificação técnica (BIM e coordenação digital) |
O que isso significa para você — próximos passos práticos
- Espere maior incerteza de custos e prazos.
- Considere travar preços quando possível e buscar alternativas locais de suprimento; avalie também a recuperação e reutilização de materiais como forma de mitigar custos (reutilização de madeira e materiais).
- Invista em treinamento e retenção para reduzir dependência de um mercado de trabalho volátil (capacitação e tecnologia na carreira).
- Envolva o empreiteiro nas fases iniciais do projeto para mitigar riscos e aproveitar coordenação digital (ferramentas digitais integradas).
- Priorize inovação (pré-fabricação, soluções digitais) para ganhar previsibilidade; automação e robótica podem reduzir o impacto da falta de mão de obra (automação no canteiro).
Conclusion
O setor vive um ambiente em que a incerteza é rotina: tarifas, inflação, juros voláteis, mudanças no sentimento do consumidor e tensões geopolíticas comprimem margens e esticam cronogramas. Navegar esse cenário exige medidas práticas: travar preços, preferir fornecedores locais, investir em treinamento e líderes de campo, e aplicar inovação técnica como rede de segurança. Envolver o empreiteiro cedo e priorizar projetos com vantagem técnica—especialmente em saúde e educação—transforma risco em alavanca, não em peso morto.
Leituras recomendadas
- Reportagem da ENR citada nesta análise: https://www.enr.com/articles/61320-enr-2025-top-400-review-firms-innovate-under-pressure
- Para aprofundar práticas e estratégias aplicáveis no Brasil, veja análises e guias no blog Dicas de Reforma: dicas e práticas para obras.
- Artigos relacionados do nosso acervo: análise de custos na construção, logística e frotas flexíveis e integração de IA e plataformas digitais.

Adalberto Mendes, a name that resonates with the solidity of concrete and the precision of structural calculations, personifies the union between engineering theory and practice. A dedicated teacher and owner of a successful construction company, his career is marked by a passion that blossomed in childhood, fueled by the dream of erecting buildings that would shape the horizon. This early fascination led him down the path of engineering, culminating in a career where the classroom and the construction site complement each other, reflecting his commitment both to training new professionals and to bringing ambitious projects to fruition.